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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Geoengenharia: As boas e as malucas idéias para salvar o planeta


< Espelho entre a Terra e o Sol

Muitos dos efeitos danosos da mudança climática já são basicamente irreversíveis, e mesmo se as emissões de carbono puderem, de algum modo, ser interrompidas, as temperaturas mundiais continuarão altas pelo menos até o ano 3.000, segundo o Laboratório de Sistemas da Terra da Administração Nacional de Oceano e Atmosfera (NOAA) do governo americano.

E sabemos que o aquecimento global é contido pelos oceanos, porque a água absorve muita energia ao aquecer-se. Mas o efeito benéfico não vai durar para sempre, e uma
vez aquecido o oceano vai manter o planeta aquecido por muito tempo, ao liberar seu calor acumulado para o ar.

Em meio à este cenário, a Geoengenharia parece vir ao nosso socorro: Várias idéias estão surgindo para conter o aquecimento global mas, vamos ser francos, algumas parecem remeter à máxima de "morrer pela doença ou pelo remédio".

Segundo um estudo publicado online pela revista Atmospheric Chemistry and Physics Discussions (ACPD), apenas a injeção de partículas na atmosfera para refletir a luz do Sol de volta ao espaço ou a instalação de objetos em órbita, para bloquear a radiação solar, seriam capazes de reverter o aquecimento global ocorrido desde o início da revolução industrial ainda neste século.


- A revista Current Biology publicou uma proposta de substituição de algumas lavouras por outras, que reflitam mais luz solar de volta ao espaço.

- Injeção de aerossóis - partículas que ficam suspensas no ar - na alta atmosfera, que exigiria que mais de um milhão de toneladas de enxofre fossem espalhadas no céu.

- Posicionar anteparos no espaço entre o Sol e a Terra. Isso exigira a cobertura de uma área inicial de 4,1 milhões de quilômetros quadrados, para bloquear 1,5% da radiação solar e, assim, compensar o excesso de CO2 na atmosfera da Terra. Essa área, no entanto, teria de ser ampliada em 31.000 quilômetros quadrados ao ano para dar conta do aumento progressivo do nível de CO2. Isso exigiria mais de 130 mil lançamentos anuais de foguetes ao espaço.


- Captura de carbono nos oceanos por meio da fertilização artificial dos mares: só funcionaria numa escala de milênios, e isso é um tempo que não temos.


- Criação de novas florestas e o reflorestamento: Entre as medidas de captura de carbono esta, claro, é considerada das mais eficientes.


O crescente interesse nas opções de geoengenharia foi motivado, parcialmente, por uma "falsa esperança de uma solução fácil", e o representante do Greenpeace, Doug Parr, afirmou que os poluidores vão se agarrar a ela.

Seja como for não nos parece que essas idéias sejam realmente de efeito prático e imediato. Esperamos que a comunidade científica não fique apegada à
mirabolantes e hipotéticas soluções enquanto o nosso planeta cozinha numa panela de pressão cada vez mais quente.


Vaporização de água do mar na atmosfera: Centenas de navios para criar uma uma névoa refletora de luz solar >>>


É necessário que parem de discutir se o planeta aquece ou resfria, se a culpa é do homem ou do ciclo solar, é preciso urgente a mudança de hábitos e mentalidades que nos regem hoje.

De redução de emissões de gases à implantação de energias renováveis de uso industrial ou residencial, materiais biodegradáveis, muita coisa pode ser aplicada, tornada obrigatória, substituída. Basta querer.

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