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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Existe vida além da Terra? Talvez tenhamos a resposta com o projeto Kepler, já em andamento



"O que é mais assustador? A idéia de extraterrestres em mundos estranhos, ou a idéia de que, em todo este imenso universo, nós estamos sozinhos?"

"Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço."

Carl Sagan



A Nasa lançou em Março deste ano um telescópio pioneiro, o Kepler, para examinar um canto da Via Láctea, na esperança de descobrir se existem outros planetas como a Terra.

A viagem de três anos e meio iniciará a busca da região de Cygnus-Lyra, que contém ao seu redor 100 mil estrelas. Cientistas planejam examinar as observações do Kepler destes mais de 100.000 alvos com esperança de captar pequenos pontos de luz causados por planetas, pois ele pode detectar mudanças de brilho nas estrelas e as imagens transmitidas serão captadas por uma câmara com uma resolução de 95 megapixels, detectando desta forma a passagem de planetas.

Para termos uma idéia da capacidade deste telescópio, por exemplo, ele poderia a partir do espaço identificar uma mudança de luz provocada por uma pessoa que passe à frente de um farol de carro.

Segundo Jon Morse, diretor de astrofísica na agência espacial em Washington, o Kepler é um elemento crucial dos esforços da NASA para estudar e encontrar planetas com características semelhantes às da Terra. Poderá também ajudar a planejar outras missões num futuro a médio prazo.

O telescópio orbital Kepler conseguiu já conseguiu detectar um planeta do tamanho de Júpiter que gira em torno de outra estrela, um feito que demonstra que ele será capaz de descobrir semelhantes à Terra, se planetas assim existirem, dizem cientistas na edição de agosto da revista Science.

A questão é, também, caso exista vida lá fora, seja macro ou microscópica, será que poderemos identificá-la ou será tão diferente que passará despercebida sob nossos olhos?

Fontes:Reuters/www.iol.pt

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Aquecimento global acaba com a estância de ski mais alta do mundo


Parece incrível mas logo embaixo de nossos narizes temos a primeira (?) vítima do aquecimento global: O glaciar Chacaltaya, na Bolívia, é a primeira estância de ski do mundo a sucumbir ao derretimento da neve.

O glaciar Chacaltaya, na Bolívia, tornou-se na primeira estância de ski do mundo a sucumbir ao derretimento da neve, provocado pelo aquecimento global. Tratava-se da mais alta estância de ski do mundo.

A estação, a mais equatorial e alta do mundo, com pistas entre os 5200 e os 5400 metros de altitude, está fechada por motivos óbvios mas o desaparecimento de um local para esquí não é realmente o que preocupa a população local. O glaciar era o principal contribuinte da bacia de água que abastece cidades de La Paz e El Alto, causando agora o temor de desabastecimento de água para as comunidades locais.

No momento restam apenas cinco por cento do glaciar Chacaltaya e os especialistas acreditam que em 2015 os últimos vestígios vão desaparecer de vez. Estudos mostram que, entre 1992 e 2001, Chacaltaya encolheu13 metros de equivalência de água e é cada vez mais rara a ocorrência de neve no local.

No inicio deste ano, a situação, considerada preocupante, reuniu representantes de vários governos do mundo em Chacaltaya, com a intenção de impedir que este caso se repita noutros locais do planeta. O governo da Suécia pretende financiar estudos para tentar encontrar uma solução para este problema de implicações globais.

O processo de alteração climática no Planeta está em curso, é visível e irreversível, resta saber o que podemos fazer para amenizar ou nos adaptar à isso.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A Embrapa vai trabalhar para recuperar áreas degradadas, por meio de tecnologia, para uso do agronegócio

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai trabalhar para ajudar o agronegócio brasileiro a recuperar áreas degradadas e assim poder expandir a sua produção sem utilizar novas terras. De acordo com o novo presidente da instituição, Pedro Antonio Arraes Pereira, podem ser recuperados 80 milhões de hectares com o uso de tecnologias. Essa recuperação, aliás, é uma das prioridades na gestão de Arraes. Segundo ele, dois milhões de hectares já foram recuperados no país.

Segundo presidente da Embrapa, as áreas degradadas são principalmente as de pecuária. Em muitas delas, foi plantado pasto por um longo período, como 30 anos, em um solo que já era pobre. Uma das alternativas mais viáveis, segundo Arraes, é a integração lavoura-pecuária e floresta. Pelo sistema, o mesmo pedaço de terra recebe pastagem, com animais, por um período, e grãos no outro, além das florestas. “A renovação da pastagem pode ser feita com milho, arroz, diminuindo a pressão sobre novas áreas”, explica Arraes.

É preciso, porém, de acordo com o presidente da Embrapa, o incentivo ao uso destas tecnologias de recuperação de áreas degradadas. Se for o caso do uso da integração lavoura-pecuária-floresta, por exemplo, o produtor que trabalha com criação de gado não tem máquinas para trabalhar com grãos. “A tecnologia existe, mas tem que ter incentivo para usarem”, afirmou Arraes. Ele acredita que com a recuperação de pastagens degradas será possível dobrar o tamanho do rebanho brasileiro.

O presidente da Embrapa deu as declarações ontem (24) em uma coletiva de imprensa na capital paulista. Ele falou também de uma outra preocupação – e prioridade – na instituição de pesquisa, que é a dependência do Brasil em fertilizantes importados. Atualmente, 70% dos fertilizantes usados no país, principalmente fosfato e potássio, vêm de fora.

A Embrapa vai trabalhar para aumentar a eficiência das plantas na absorção dos fertilizantes. Hoje, segundo ele, elas absorvem em média 50%. Outra ação da Embrapa deverá ser também a busca por novas matérias-primas para os fertilizantes, como, por exemplo, orgânicas, de resíduos. Já existem algumas iniciativas neste sentido, de uso de fertilizantes orgânicos, mas o grande desafio é tornar a produção de larga escala e também economicamente viável, para poder competir com as grandes marcas do setor.
Fonte:ANBA.com.br

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sabemos mais sobre Marte do que sobre a Fossa das Marianas: Um abismo de 11.500m no fundo do mar


É verdade, nosso conhecimento sobre Marte é maior do que o que temos sobre o colosso no fundo do mar: A Fossa das Marianas, a maior profundidade conhecida do oceano, no Pacífico, medindo 11.500 metros; o homem já conseguiu descer 11 mil metros dentro dessa fossa.

Para termos uma idéia do que ela representa, o ponto mais alto da Terra, o Monte Everest, tem 8.850 metros de altura e se ele fosse colocado no fundo das Marianas, ainda seriam necessários mais 2.150 metros par
a alcançar a superfície.

As dificuldades para estudá-la são imensas: A pressão na maior profundidade do oceano é de mais de 5 toneladas por centímetro quadrado, ou seja, cerca de 1.000 vezes a pressão na superfície terrestre. A visibilidade na água diminui com a profundidade. Numa água límpida, ao meio dia, a luz solar diminui de 10% a cada 75 metros e, a 500 m metros de profundidade há quase uma escuridão total.


Até hoje, somente três submersíveis exploraram o fundo da Fossa das Marianas. O
primeiro foi o batiscafo americano de fabricação suíça Trieste, com Don Walsh e Jacques Piccard a bordo, em 1960.


O segundo, o robô japonês Kaiko, que fez três expedições ao abismo
entre 1995 e 1998. Kaiko se perdeu no mar em 2003.

Observe na foto a direita as Ilhas Marianas, que estão acima do nível do mar, e logo a leste a Fossa das Marianas (Marianas Trench), um rasgo escuro e profundo.

Somente agora estudos mais completos começam a ser realizados com o submarino-robô americano Nireu, que conseguiu realizar a mais detalhada exploração da Fossa das Marianas. Desenvolvido pelo Instituto Oceanográfico Woods Hole, Nireu consegue operar a uma pressão elevadíssima, mil vezes maior do que a do nível do mar e equivalente à de Vênus.

Ele é capaz é de
ir mais fundo que qualquer outro submarino e pode filmar e coletar amostras. A comunidade científica aguarda os dados coletados para estudo e finalmente divulgá-los.

O que podemos esperar?
Sem dúvida mais surpresas sobre nossa crosta terrestre e vida marinha.

Para se ter uma idéia, o "Peixe Monstro" (foto) vive até 3.400m de profundidade... o que vive então em 11.500m?

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Julho de 2009: a maior temperatura média global dos oceanos em 200 anos


17ºC, esta é a temperatura média global dos oceanos em Julho deste ano: a maior em 200 anos!


A imagem a direita mostra as temperaturas nos oceanos no mês de Maio/2009


Desde que foram iniciadas as medições de temperatura em 1880 nossos oceanos nunca haviam atingido esta média, os dados foram levantados pelo NCDC - Centro Nacional de Dados Climáticos dos Estados Unidos.

Os cientistas estão alarmados pois, claro, os oceanos também contribuem para o equilíbrio climático. Desta forma, se os oceanos estão aquecidos, sua contribuição ao aquecimento global é inevitável. Essa média de temperatura também está associada à formação do El Niño: Este fenômeno está contribuindo para a elevação da temperatura dos mares e, como consequência, teremos o aumento de furacões principalmente na região do Golfo do México onde as águas superam os 24ºC... e água quente é um prato cheio para formação de furacões.


Imagem do furacão Katrina, a cor laranja mostra temperatura da água elevada


O Mediterrâneo têm apresentado 3ºC acima da média, no Ártico 5,5ºC também acima. Preocupante? Sim, da mesma forma que a água demora mais para se aquecer, ela também leva mais tempo para se resfriar, daí a preocupação dos cientistas quanto ao impacto que esse fenômeno irá causar nas já debilitadas áreas e sistemas, como a Groenlândia, pelo aquecimento global. O agravamento do degelo no Ártico parece uma resultante imediata.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Céu estrelado? Não, lixo espacial! Toneladas de lixo orbitando sobre nós a 30.000 Km/h

Cuidado com sua cabeça: manchas de óleo, parafusos, pedaços de metal e até mesmo uma sacola inteirinha cheia de ferramentas fazem parte de um inventário de 400.000 artefatos, o famigerado lixo espacial, orbitando a Terra. Uma nuvem de metal e detritos que vêm aumentando ano após ano. E o que isso tem a ver com ecologia? Tudo!

A hipótese (Síndrome de Kessler) apresentada por um físico da Nasa, sustenta que haverá um momento em que o espaço terá tantos detritos que será impossível utilizá-lo para as necessidades da humanidade. Isso porque, quando dois objetos se chocam, eles geram mais fragmentos, multiplicando assim o número de elementos em órbita. E os satélites que atualmente estão em órbita, por exemplo, são responsáveis por transmitir dados, sinais de televisão, rádio e telefone, sem contar os equipamentos que observam a Terra, fornecem informações sobre mudanças climáticas, podem antecipar fenômenos naturais e fazer o mapeamento de áreas.

E qual a realidade lá em cima? Os astronautas, satélites e a própria estação espacial enfrentam problemas em antever um impacto: Devido à velocidade muito grande em que viaja o lixo espacial, pequenas peças entre 1 e 10 centímetros de tamanho podem penetrar e danificar maioria das naves espaciais. Mas não é só isso, um pedaço de metal de 10cm pode causar tanto dano como vinte e cinco bananas de dinamite! Claro, afinal esse lixo todo circula nosso planeta em velocidades que podem ultrapassar 30.000Km/h !!!

A imagem à esquerda mostra que o risco de dano é real. Esse buraco de 1 cm de diâmetro é o resultado de um detrito que penetrou a antena parabólica do Hubble. Mais? As janelas do ônibus espacial foram substituídas 80 vezes devido aos impactos com objetos de menos de 1 mm.

Durante sua primeira década em órbita, por exemplo, mais de 200 objetos se afastaram da estação espacial Mir, a maioria deles envolta em sacos de lixo. Mas a maior fonte de material significativo são aproximadamente 150 satélites, que foram destruídos ou se desmantelaram, deliberadamente ou acidentalmente. Eles deixaram um rastro de 7.000 fragmentos suficientemente grandes (acima de 10 centímetros), a serem monitorados a partir da Terra.

Por estas razões a NASA (em conjunto com o Departamento de Defesa dos EUA) criou uma rede de vigilância do espaço (menos mal...). Estações de solo monitoram grandes pedaços de lixo espacial para que as colisões com os satélites ou com o ônibus espacial possam ser evitadas. Os planos futuros incluem um esforço de cooperação entre os governos de muitos países para parar de jogar lixo espacial e possivelmente para limpar o lixo já está lá.

E o Brasil tem sua parte de culpa: temos dois satélites de coleta de dados e mais três satélites em conjunto com a China e nenhum desses cinco dispõe de um sistema para que seja feita sua remoção em órbita...



Vejam então as idéias, mirabolantes ou não, para remoção do lixo espacial:

1. Aerogel: Utilizado pela NASA para coletar poeira espacial, a idéia é colocar em órbita painéis cobertos com este material onde pequenos pedaços de resíduos espaciais ficariam presos como insetos em um pára-brisa.

2. Lasers: Instalar canhões de laser em alguns pontos estratégicos e disparar contra o lixo, para desviar sua órbita para mais perto do planeta. Com isso, o lixo queimaria até desaparecer.

3. Braço: Uma espécie de nave não-tripulada, guiada por radares e câmeras, seria equipada com braços robóticos para coletar os detritos.

4. Redes: Sistema de redes gigantes, que formaria um cesto capaz de capturar os detritos e jogá-los mais para baixo.

5. Espuma: Um painel de espuma seria colocado na rota dos detritos. Assim que os objetos passassem por ele, teriam sua velocidade reduzida, caindo de volta no planeta.

6. Fios: Cabos condutores de cobre poderiam ser acoplados a satélites desativados para que eles pudessem ser atraídos pelo campo magnético da Terra.



A Terra é rodeada por pedaços de destroços orbitais que, segundo Nicholas Johnson (Scientific American, 1998), "lembram abelhas furiosas em torno de uma colméia, parecendo mover-se aleatoriamente em todas as direções." Olhe para os os números acima, e você quase pode ouvir o zumbido!

Parece que um novo tipo de emprego deverá ser criado com urgência: Lixeiro Espacial ! E deve ser rentável, considerando que as toneladas de metal sobre nossas cabeças são recicláveis: só nossas cabeças que não. Que tal começarem logo essa limpeza?

Fonte:
http://www.kenlarson.net/code/scienc01.htm
http://www.wired.com/wired/archive/15.05/st_houston.html
http://starchild.gsfc.nasa.gov/docs/StarChild/questions/question22.html
http://www.anthonares.net/index.php?tag=Space-Junk
http://www.treehugger.com/files/2008/04/shocking-space-debris-images.php

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Brasil vai investir R$ 15 milhões em pesquisas científicas sobre fenômenos antárticos que provocam impactos climáticos no país e no mundo


O Programa Antártico Brasileiro (Proantar), que realiza pesquisas científicas sobre fenômenos antárticos que provocam impactos climáticos no país e no mundo, receberá investimentos do governo federal de R$ 15 milhões. Esse é o maior aporte financeiro recebido pelo programa para o fomento das atividades brasileiras na região.

Os recursos são destinados aos futuros projetos de pesquisa no âmbito do Proantar, que poderão ser apresentados até o mês de outubro ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O edital para a inscrição de projetos foi publicado ontem (17) no Diário Oficial da União e lançado dia 18/08 em solenidade realizada no ministério.

Do total, R$ 12 milhões serão repassados para cooperações entre países latino-americanos e R$ 3 milhões para o monitoramento ambiental na Antártica. Cada projeto poderá ter custo máximo de R$ 1 milhão. “Vamos apresentar pesquisas ligadas a questões geográficas e antropológicas, por exemplo”, afirmou a coordenadora-geral para o Mar e a Antártica do MCT, Maria Cordélia Machado.

O Proantar surgiu em 1982, mesmo ano em que ocorreu a primeira expedição brasileira na Antártica. “O Proantar se inspira nas sugestões em ambientes internacionais e isso é incorporado ao programa. Os cientistas estão interessados em entender como as mudanças globais estão interferindo na Antártica, como a Antártica está reagindo a essas mudanças e quais serão as consequências dessas alterações”, explicou o geólogo do Instituto de Geociência da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Proantar, Antonio Carlos Rocha Campos.

Segundo o MCT, após o período de apresentação dos projetos de pesquisa, o ministério irá promover uma campanha, nos meses de novembro e dezembro, sobre as expedições brasileiras na Antártica.
Fonte:Agência Brasil

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Há 20 mil anos, o oceano ficava a 100 Km da Serra do Mar!


20.000 anos atrás... naquela época, o mar ficava muito mais distante da costa. Depois de cruzar a Serra do Mar, ainda seria necessário dirigir 100 quilômetros em linha reta até a praia mais próxima. As ilhas de São Sebastião (Ilhabela), Queimada Grande, Alcatrazes, Montão de Trigo e outras que pontuam o horizonte marítimo atual eram, na verdade, montanhas em terra firme, diretamente ligadas ao continente.

Alcatrazes:



Foi só 6 mil anos atrás, ao fim da última era glacial, que a linha da costa se estabilizou na posição atual e as antigas montanhas ficaram definitivamente aprisionadas pelo mar. Nesse momento, um espantoso processo evolutivo já estava em curso. Animais e plantas que tiveram o azar - ou a sorte - de ficar isolados nas ilhas começaram a se dif erenciar rapidamente de seus familiares no continente. Algumas populações ficaram tão diferentes que se transformaram em novas espécies, restritas a uma única ilha.

Ilha Bela:



O período glacial inteiro começou cerca de 120 mil anos atrás, segundo o geólogo Kenitiro Suguio, professor emérito da USP e um dos pioneiros do estudo e mapeamento do litoral paulista. Hoje, cerca de 2% da água do planeta está na forma de gelo. No último máximo glacial (entre 18 mil e 20 mil anos atrás), esse índice era superior a 5% e as geleiras do Hemisfério Norte chegavam até Boston, no EUA, por exemplo.

Quando o gelo começou a derreter, o mar começou a "encher" de novo. Mas não foi uma coisa abrupta nem contínua. Os oceanos avançaram sobre as bordas dos continentes lentamente, em pulsos de alguns metros para mais ou para menos. Como as ilhas paulistas estão bem próximas da costa, é provável que "elas se conectaram e desconectaram várias vezes" do continente até que o nível do mar se estabilizou na medida atual, segundo Suguio.

As evidência geológicas não deixam dúvidas: o nível do mar já esteve muito mais baixo do que o atual. Cerca de 20 mil anos atrás, no período que os cientistas chamam de "último máximo glacial", havia tanta água congelada nos pólos que o nível global dos oceanos chegou a ficar quase 130 metros mais baixo do que hoje. Conseqüentemente, havia muito mais terra firme, e a praia fica muito mais longe da serra naquela época.

Castelhanos:



"Do Rio Grande do Sul até a Bahia era tudo uma grande planície", diz o geógrafo e oceanógrafo Luis Conti, da Universidade de São Paulo (USP Leste). Segundo ele, as praias mais próximas estavam a 100 km da linha da costa atual. Ainda hoje é possível enxergar, no leito marinho, as marcas deixadas pelos rios que correram por essa planície durante os milhares de anos em que ela ficou exposta - e que hoje deságuam diretamente da Serra do Mar para o oceano, como o Rio Ribeira de Iguape.

A maior dúvida é sobre a cobertura vegetal que teria se formado sobre esse território. Como o clima era muito mais frio e seco na era glacial, é pouco provável que a planície tenha sido coberta por uma mata atlântica densa e úmida como a que conhecemos hoje. O mais provável, segundo Conti, é que tenha-se formado algo mais parecido com uma vegetação de savana ou restinga, como as de beira de praia atuais. Algumas simulações de paisagem das ilhas em terra firme podem ser vistas no site do pesquisador.

Como as ilhas estão bem mais próximas da costa do que os 100 km de terra firme do último máximo glacial, Conti estima que elas tinha ficado ligadas ao continente por pelo menos cem mil anos - o que daria tempo mais do que suficiente para muitas espécies irem e virem de um lugar para outro.
Fonte:
Fotos: Luís Conti/Divulgação
http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid299651,0.htm
http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid299644,0.htm

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Brasil foi eleito pela National Geographic Adventure como melhor destino para aventureiros e esportistas radicais em 2009

Com uma das maiores biodiversidades do planeta, o Brasil ocupa um território de 8,5 milhões de quilômetros quadrados em região tropical. Nos últimos anos, a prática de ecoturismo e turismo de aventura em terras brasileiras cresceu, se profissionalizou e ganhou visibilidade internacional. Prova disso é que o país foi eleito pela revista National Geographic Adventure como o melhor destino para aventureiros e esportistas radicais 2009.

A revista, que possui mais de 2,4 milhões de leitores no mundo, deu grande destaque para Fernando de Noronha, e também mostrou os destinos mais procurados na Amazônia, Chapada Diamantina, Chapada dos Veadeiros, Chapada dos Guimarães, Estrada Real, Florianópolis, Foz do Iguaçu, Mata Atlântica, Jalapão, Serras Gaúchas, Lençóis Maranhenses e Pantanal.

Veja mais sobre Chapada da Diamantina e Fernando de Noronha aqui em nosso blog!

No ano passado, a indústria de turismo de aventura foi responsável por quatro milhões de turistas, entre brasileiros e estrangeiros, e representou um faturamento médio de R$ 490 milhões, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta). “Recebemos a visita regular de turistas da Argentina, países da Europa (França, Espanha, Itália e Inglaterra), Estados Unidos e Canadá", afirma Jena-Claude Razel, presidente da Abeta .

O mercado já conta com aproximadamente 1,5 mil empresas espalhadas nos principais pólos de aventura do país. A entidade estima que o segmento apresente crescimento entre 15% e 20% ao ano. De acordo com a Demanda Turística Internacional, estudo realizado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para a Embratur, 19,5% dos turistas estrangeiros que visitaram o país a lazer em 2006 disseram ter escolhido o país por motivo de ‘Natureza, Ecoturismo ou Aventura’.

O crescimento e destaque do setor certamente resultam de um esforço conjunto entre governo e iniciativa privada. Um exemplo disso é a parceria entre a Abeta e o Ministério do Turismo (MTur), que criaram o programa Aventura Segura, que atua para que o segmento se consolide no país como atividade segura para turistas brasileiros e estrangeiros.

“Hoje, o programa conta com 4,84 mil pessoas qualificadas em 16 destinos turísticos de 13 estados brasileiros”, afirma Razel. O programa oferece cursos de Gestão Empresarial, Sistema de Gestão da Segurança e Competências Mínimas do Condutor, Primeiros Socorros e Curso de Qualificação para Voluntários do Grupo Voluntário de Busca e Salvamento.

O Aventura Segura, que envolve mais de 100 municípios, conta, ainda, com a participação de 480 empresas. Além disso, também foram criados 13 grupos voluntários de busca e salvamento. Hoje, o turismo de aventura tem 24 normas técnicas criadas e publicadas no âmbito da ABNT.

Durante o 4° Salão do Turismo, realizado em julho, das 1,7 mil pessoas entrevistadas, 34,3% apontaram o Ecoturismo e o Turismo de Aventura como atividades para suas próximas viagens, atrás apenas do Turismo de Sol e Praia com 52,1%.


Encontro internacional

Entre os dias 10 e 13 de setembro será realizado o Abeta Summit, maior encontro de Ecoturismo e Turismo de Aventura da América Latina, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP), paralelamente à Adventure Sports Fair. Promovido em parceria com o Ministério do Turismo e o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) o encontro terá como tema Aprenda-Inove-Venda, a edição de 2009 traz ao Brasil as principais lideranças mundiais do mercado de Turismo de Aventura.

Este ano, estima-se um aumento de 25% no número de operadoras internacionais para o encontro de negócios. “Teremos a participação de 30 países do mundo inteiro e compradores internacionais de 16 países”, destaca o presidente da Abeta.

O evento já tem mais de 80 compradores internacionais confirmados para as Rodadas de Negócios, que contam com o patrocínio do Sebrae Nacional e apoio da Braztoa – Associação Brasileira das Operadoras de Turismo.

Inscrições podem ser feitas pelo site http://www.abeta.com.br/summit

sábado, 15 de agosto de 2009

"Médicos Sem Fronteiras" - Os milagres de nossos voluntários anjos da guarda


"Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos preocupados e comprometidos possa mudar o mundo. Sem dúvida, É a única coisa que ocorre de fato."
Margaret Mead - antropóloga cultural norte-americana


Saúde, educação, meio-ambiente, política... a soma de todos os fatores que regem nosso planeta, sejam eles gerados pela natureza ou pela ação do Homem, resultam na realidade do planeta em que vivemos hoje.

Tudo se relaciona e nos afeta diretamente. Desta equação temos os componentes como aquecimento global, poluição, fome, secas, guerras, devastação de florestas, poluição das águas, dentre outros. E trabalhando nesta equação temos políticos, ambientalistas, e uma série de pessoas que tentam (ou não!) resolver a complicada matemática de nosso dia a dia.


O mais importante é sabermos que, ao mesmo tempo em que países do G8 sentam à mesa para discutir durante anos como reduzir reles 2% de emissões de CO2 para desacelerar o efeito estufa e não chegam à um acordo sobre isso pois diversos interêsses de ordem econômica estão envolvidos, voluntários arregaçam as mangas, deixam de lado sua vida privada, e arriscam-se em territórios hostis devastados por guerras e epidemias para ajudar vítimas de catástrofes, políticas ou da natureza, sem nada cobrar, sem esperar por reconhecimento como fama ou fortuna: Este é o milagre dos Médicos Sem Fronteiras!

O MSF foi criado em 1971 por um grupo de jovens médicos e jornalistas que, em sua maioria, tinham trabalhado como voluntários em Biafra, região da Nigéria, que, no final dos anos 60, estava sendo destruída por uma guerra civil brutal.

De acordo com a apresentação no próprio website: Nos últimos 30 anos, a organização Médicos Sem Fronteiras tornou-se conhecida mundialmente por seu trabalho em situações de emergência. Entretanto, muitas vezes, MSF permanece junto às populações atingidas mesmo depois de controlados os problemas que motivaram sua presença em determinada região.

O trabalho continua na reconstrução de estruturas de saúde, nas atividades de prevenção, nas campanhas de vacinação ou na assistência a refugiados. Com o passar do tempo, Médicos Sem Fronteiras sentiu a necessidade de intervir com projetos de longo prazo, não apenas para atender as situações pós-emergenciais, como também para levar cuidados de saúde a pessoas afetadas pela exclusão social.


Uma outra característica essencial do trabalho de Médicos Sem Fronteiras é tornar público aquilo que observa em campo. Em circunstâncias extremas, MSF entende que a melhor maneira de proteger a população de desastres humanitários, como genocídios, fome e limpeza étnica, é falar sobre suas motivações políticas e econômicas, mesmo que esta posição comprometa a presença da organização no país.

MSF é independente de governos. A maioria dos recursos da organização vem de contribuições privadas, o que permite a MSF atuar com agilidade e independência, e proporciona a liberdade de que MSF precisa para falar sobre indivíduos, organismos e governos que estejam infringindo os direitos humanos. Essas declarações públicas são um ato de proteção às populações em perigo que impedem a cumplicidade com os abusos testemunhados pelos profissionais da organização.

A união de intervenção rápida e eficiente com o compromisso de tornar conhecidas as violações de direitos humanos é a forma com que Médicos Sem Fronteiras responde a guerras mundialmente conhecidas, conflitos ignorados, falência de sistemas de saúde, epidemias mundiais como a Aids ou doenças negligenciadas como a tuberculose e a malária. Em 1999, o recebimento do Prêmio Nobel da Paz consagrou internacionalmente o trabalho da organização. É por assumir sua missão como um desafio permanente que Médicos Sem Fronteiras se mantém presente nos 5 continentes, nas regiões mais remotas.

A Organização chegou ao Brasil em 1991 para combater uma epidemia de cólera na Amazônia. A partir daí, começou a atender desabrigados de enchentes, moradores de rua e comunidades carentes e, hoje, mais de 15 mil profissionais trabalham com Médicos Sem Fronteiras em cerca de 70 países.

Visite e conheça: http://www.msf.org.br/mhome.asp

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Refugiados Ambientais e Guerra Pela Água? O que era ficção anos atrás começa a se tornar realidade

Segundo Jonh F. Kennedy, “quem for capaz de resolver os problemas da água será merecedor de dois prêmios Nobel, um pela paz e outro pela ciência”. Não é para menos: o acesso à água é fonte de poder e ao mesmo tempo ponto de conflito de interesses. Sem ela não há vida.

Da totalidade da água que temos em nosso planeta, 97,5% é salgada e os 2,5% restantes são água doce, mas cerca de 2/3 se encontra em forma de geleiras, de modo que somente 0,78 se encontra disponibilizada para o consumo. Ah mas parte dela está poluída... não é difícil prever que a principal disputa no planeta nos próximos 50 anos não será por petróleo, ouro, carvão ou minérios... mas por água - situação capaz de criar um exército de "refugiados ambientais".

A Organização das Nações Unidas - ONU, em estudo sobre a escassez da água no planeta, alerta sobre a importância dos cuidados sobre a água. Afirma que brevemente haverá guerras entre nações pela posse da água. E não sem motivos: No mundo, segundo cálculos da ONU, mais de 1.800 situações de relação internacional entre países já ocorreram por conta da disputa por água. E mais, dados do International Water Management Institute – IWMI mostram que, no ano de 2025, cerca de 30% da população mundial de diversos paises deverão viver em absoluta falta de água.

O problema já existe

Dentre os conflitos armados, Israel está envolvido na maioria. Exemplos são as disputas com Síria e Jordânia pelas Colinas de Golã. “Israel foi à guerra contra a Síria não porque as Colinas de Golã têm uma vista bonita, mas porque ali há as nascentes do Rio Jordão, fundamental para o abastecimento de água para o Oriente Médio”, explica Antônio da Costa Miranda Neto, membro do Conselho de Assessoramento ao secretário-geral da ONU para assuntos de água e esgoto.

Atualmente, uma guerra se anuncia iminente entre Sudão e Egito, na África, por conta da exploração do Rio Nilo. O Sudão, país a montante do rio, manifestou o desejo de construir mais uma barragem. O Egito, país mais abaixo do rio, encara a possível obra como uma manifestação de guerra. E o Sudão, como reação, ameaçou explodir barragens do Nilo e afundar regiões do Egito.

Os exêmplos de Israel versus vizinhos e Sudão versus Egito estão localizados nas regiões mais problemáticas: o Oriente Médio e a parte norte da África. Mas as possibilidades de conflito pelo uso da água são imensas, já que as fronteiras de 145 países são estabelecidas por 260 bacias hidrográficas, o que torna uma única fonte de água doce disputada por pelo menos duas nações. Para tentar evitar conflitos, a Unesco lançou o programa “De conflitos potenciais à cooperação potencial”.

O pesquisador Joel Withaker, do Global Peace, recomenda que os governos se previnam seguindo três conselhos: criar administrações regionais dos recursos hídricos, estimulando cooperação antes do conflito surgir; quem entende de água deve se aproximar das autoridades e explicar como ela pode se tornar um desafio para a segurança nacional; finalmente, criar um banco mundial de dados sobre água para que a comunidade internacional possa tomar decisões informadas antes de explorar os recursos.

Alguns países ricos já aumentaram o preço da água. Na Dinamarca, a alta foi de 54% em dez anos. O resultado foi uma queda no consumo médio de 155 litros por pessoa por dia para 125 litros, ainda bem acima do padrão da ONU. A equação nos países pobres é diferente. Hoje, uma em cada cinco pessoas no mundo não tem acesso a água potável ou saneamento.

Segundo o jornal The Independent (Inglaterra) "o Ministro da Defesa da Grã-Bretanha, John Reid, fez uma previsão sombria de que a violência e conflito político se tornarão mais prováveis nos próximos 20 ou 30 anos, na medida em que aumentar a desertificação, o derretimento das calotas polares e o envenenamento de fontes de água". John Reid apontou as mudanças climáticas como o motivo dos conflitos violentos causados com o crescente aumento da população e a diminuição das reservas de água.

O Ministro da Defesa afirma que as mudanças climáticas podem ser consideradas tão ameaçadoras para os próximos 20 e 30 anos quanto o terrorismo internacional, as mudanças demográficas e a demanda energética. "As Forças Armadas Britânicas deverão estar preparadas para enfrentar conflitos de recursos em escassez, deveremos estar preparados para dar alento humanitário aos desastres, medidas de segurança e pacificação em locais abalados politicamente e socialmente como conseqüência de desastres da mudança climática", diz.


Águas do Brasil, vantagem estratégica ou encrenca à vista?

O Brasil é um país privilegiado num planeta sedento. Tem cerca de 14% de toda a água doce que circula pela superfície da Terra. Mas a distribuição dessa abundância é desigual. Cerca de 80% da água disponível está na Bacia Amazônica, daí a preocupação dos especialistas da ONU com a Bacia do Prata. A maior parte da população – e da atividade econômica – do país está em grandes centros urbanos dessa bacia, onde a oferta de líquido potável é cada vez mais escassa.

O preocupante é o ponto de vista de cada país sobre o tem. Um estudo realizado por John Ackerman, do Air Command and Staff College, da US Air Force, diz: “ Nós (EUA) deveremos passar progressivamente da guerra contra o terrorismo para o novo conceito de segurança sustentável”. E cita, como motivações para intervenções armadas, secas, crises da água e eventos meteorológicos extremos. O Center for Naval Analysis, em relatório recente, asseverou que “ a mudança climática é uma realidade e os EUA, bem como o Exército, precisam se preparar para suas conseqüências”.

Na mesma perspectiva, o Plano do Exército Argentino 2025 vê a “possibilidade de conflitos com outros Estados pela posse de recursos naturais”, com destaque para o Aqüífero Guarani, como o problema que mais tem possibilidades de conduzir a conflitos bélicos com vizinhos. E afirma que o país “deverá desenvolver organizações militares com capacidade para defender a nação de um inimigo convencional superior” , incluindo a organização da resistência civil.

O Aqüífero Guarani é a maior reserva subterrânea do mundo, com capacidade para abastecer mais de 700 milhões de habitantes. Localizado entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Este é o momento de se tomar decisões sobre o gerenciamento de nossos recursos hídricos, assegurando-nos uma vantagem preciosa em um futuro muito próximo. Caso contrário vamos com certeza ter que enfrentar conflitos regionais e até mesmo globais pela manutenção do que é nosso. É preciso bom senso, visão estratégica e articulação conjunta entre os países da região para que, conforme sugere entidades como o Global Policy Forum, os governos estabeleçam regras de como usar de maneira coordenada reservas compartilhadas.

Bibliografia
http://www.unwater.org/
http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2009/03/13/relatorio-da-onu-estima-que-3-bilhoes-sofrerao-com-escassez-de-agua-no-planeta-em-2025-754818688.asp
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u61801.shtml
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/04/070406_relatorioipccml.shtml
http://www.inesc.org.br/noticias/noticias-gerais/2008/abril/conflitos-pela-agua-aumentam-93-em-2007/
http://www.adur-rj.org.br/5com/pop-up/escassez_de_agua.htm
http://www.antonioviana.com.br/2009/site/ver_noticia.php?id=58298

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

E se, de repente, lhe dissessem que o aquecimento global é apenas o início de uma nova glaciação?


...Ou então que os seres humanos são reféns de um fenômeno, fruto de um movimento natural de inclinação do eixo da Terra que a cada nove ou 11 mil anos provoca mudanças climáticas e afeta a vida no planeta?

Não, isso não é mera especulação. Existe um debate sério na comunidade científica entre os que defendem que o aquecimento global é culpa do Homem com o aumento das emissões de CO2, e outros que defendem uma teoria, não tão divulgada, que é o Resfriamento Global, causado por condições naturais, incluindo a atividade solar.

O professor e geógrafo José Carlos Rodrigues Rocha da Universidade do Sagrado Coração não descarta o relatório final do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC, na sigla em Inglês) que aponta a ação humana como principal causadora do aquecimento global. Mas também coloca a necessidade de se olhar para outra causa: os fatores naturais, contra os quais os seres humanos não têm defesa.

É justamente pela impossibilidade de agir diante dos fenômenos naturais que esses relatórios, segundo Rocha, acabam priorizando a responsabilidade humana. "Esses relatórios funcionam como pano de fundo para conseguir a colaboração das pessoas para diminuir o aumento do calor, já que não se pode barrar o processo de formação do planeta", diz. Fora as causas humanas, é preciso levar em consideração a questão do movimento de rotação da Terra e a inclinação do eixo. "Se o eixo muda um segundo, temos mudanças na distribuição do calor na superfície do planeta", explica o geógrafo. Para exemplificar, ele recorda o tsunami de 2004 que fez milhares de vítimas na Ásia. "Muitos cientistas colocaram que o problema foi causado por uma mudança no eixo da Terra", relembra.


E, pasmem, porque a causa para uma nova Era Glacial pode ser justamente o aquecimento global... quer saber como?

Vamos supor que o aquecimento acabe com as geleiras da Groenlândia, inundando de água doce o Atlântico Norte. Sem o sal, a água marinha não pode afundar e voltar para o Caribe, fazendo a corrente do Golfo parar de funcionar. O norte europeu não tem mais verão e, a partir da Escandinávia, o gelo vai tomando a Europa ano após ano. Como o gelo é branco, reflete quase toda a luz do Sol, numa reação em cadeia que torna tudo cada vez mais frio.

E pior: o gelo prende a água, e esse tipo de vapor de água é um gás que chega a ser 3 vezes mais potente que o gás carbônico no efeito estufa, que tanto causa o aquecimento global como torna a Terra habitável.


Resultado: temperaturas globais de 10 graus Celsius a menos. Camadas de neve com quilômetros de espessura tomam o hemisfério norte do pólo até Nova York, Canadá, norte da Europa e talvez também a Argentina. Boa parte desses países se torna inabitável.

Não é de hoje que se discute a mudança de eixo da terra, desde os Maias, Nostradamus, até nossos cientistas, a questão vêm sendo discutida. E vale lembrar que após o terremoto de 2004, de magnitude de 9.0 , o mais forte em 40 anos, e que matou mais de 156.000 pessoas, cientistas dos EUA disseram logo depois do terremoto que ele pode ter acelerado a rotação da Terra de maneira permanente, encurtando os dias em uma fração de segundo e causado uma inclinação do planeta em seu próprio eixo.

Richard Gross, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa na Califórnia, teorizou que uma mudança da massa em direção do centro da Terra durante o terremoto acelerou o planeta em três milionésimos de segundo, que se inclinou cerca de 2,5 centímetros em seu eixo.


A questão da mudança magnética da terra é outro ponto preocupante:

Cientistas encontraram grandes buracos no campo magnético da Terra, sugerindo que os Pólos Norte e Sul estão se preparando para trocar de posição, numa guinada magnética.

Um período de caos poderia ser iminente, no qual as bússolas não mais apontariam para o Norte, animais migratórios tomariam o rumo errado e satélites seriam queimados pela radiação solar.

Os buracos estão sobre o sul do Atlântico e do Ártico. As mudanças foram divulgadas depois da análise de dados detalhados do satélite dinamarquês Orsted, cujos resultados foram comparados com dados coletados antes por outros satélites.

A velocidade da mudança surpreendeu os cientistas. Nils Olsen, do Centro para a Ciência Planetária da Dinamarca, um dos vários institutos que analisam os dados, afirmou que o núcleo da Terra parece estar passando por mudanças dramáticas."Esta poderia ser a situação na qual o geodínamo da Terra opera antes de se reverter", diz o pesquisador.

Não estamos aqui escrevendo como alarmistas, apenas expomos as questões que hoje estão sendo discutidas e que muitas delas não são de conhecimento da maioria das pessoas. Redução de CO2 é necessário porém não é o maior vilão do aquecimento global: É preciso estar atento aos vários fatores que estão gerando as atuais mudanças climáticas em nosso planeta.

De uma forma muito bacana, o History Channel produziu um documentário sobre "Resfriamento Global", que disponibilizamos abaixo os links para assistí-los no Youtube.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Olhe para o céu hoje e amanhã: começa a chuva de meteoros Perseid !

Entre hoje (11/08) e amanhã, poderemos observara deslumbrante chuva anual de meteoros Perseid. Resta torcer para termos um céu limpo!


A chuva do Perseid ocorre anualmente, quando a Terra passa diretamente no fluxo de escombros produzidos pelo cometa Swift Tuttle, cuja órbita solar ocorre a cada 130 anos. A última vez que o cometa passou por dentro do Sistema Solar foi em 1992.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Chapada da Diamantina: Magnífica, bela e... emocionante!

As maravilhas e a grandiosidade da Chapada não se limitam à sua superfície: lá está o maior acervo espeleológico da América do Sul, importante por sua beleza e relevância científica. Entre as centenas de cavernas da região, a mais conhecida é a do Poço Encantado. A água ali é de cor azul turquesa devido aos raios do sol que penetram na gruta através de uma fenda. Dada a transparência da água, é possível até ver o fundo do poço, que tem de 30 a 60 metros de profundidade.

Próxima ao Vale do Capão está a Cachoeira da Fumaça, uma das principais belezas da Chapada e uma das quedas livres mais altas do Brasil, com cerca de 380m de altura.

A forma mais rápida e fácil de conhecê-la é pela trilha de duas ho
ras que leva ao topo da cachoeira. A Fumaça é um dos programas obrigatórios ao visitar a região

Destino obrigatório para os amantes do ecoturismo, quem viaja pela região se impressiona não só com as belezas naturais, mas também com a consciência e o senso de preservação ambiental dos habitantes, como guias e donos de pousadas. No último mês de maio, o Hotel Canto das Águas, em Lençóis, recebeu o certificado de primeiro hotel sustentável do Brasil, conferido pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Boa notícia: Fechada há um ano e oito meses, a gruta do Poço Encantado, uma das mais famosas atrações da Chapada Diamantina, no município de Itaetê (a 282 km de Salvador), poderá ser reaberta a qualquer momento.

Pelo menos esta é a expectativa de moradores e políticos da região, que aguardam uma posição do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que o local volte a ser visitado.

Começa o State of the World Forum/Brasil 2020 com alertas graves

"Se o planeta não reduzir em até 80% a emissão de gás carbônico na atmosfera até 2020, e não até 2050, como está estabelecido, em breve teremos verdadeiras tragédias nunca antes vistas. Grande parte da população mundial corre o risco de desaparecer."

A previsão sombria é da diretora e coordenadora da State of the World Forum/Brasil 2020, Emília Queiroga Barros. A conferência mundial Brasil 2020 acontece até a próxima sexta-feira em Belo Horizonte.

O Fórum Brasil 2020 é o primeiro evento da conferência mundial Climate Leadership Campaign. As mensagens e ações definidas na conferência mineira serão rediscutidas em um encontro que vai acontecer em Washington, nos Estados Unidos, em fevereiro de 2010.

E os alertas não param por aí, o presidente do Earth Policy Institute, Lester Brown, faz previsões alarmantes: "Se nada for feito e houver as alterações climáticas que imaginamos, não vamos conseguir antecipar as medidas, e se fôssemos capazes de prever, não conseguiríamos fazer o necessário a tempo. As camadas de gelo na Groelândia têm uma 1 milha de espessura. Se essas placas derreterem o nível do mar vai subir 7 m, a maioria das cidades litorâneas desaparecerão", explicou.

Com esse fenômeno cada vez mais próximo e certo, a previsão é de que a maior parte da população mundial, que hoje vive em cidades litorâneas, migre para o interior dos países.

"Haverá um grande deslocamento de massas. E no interior essa população só vai encontrar seca, epidemias, fome", completa a coordenadora Emília Queiroga Barros.

"Faltará água não só para beber para a produção de comida, quando são utilizadas 500 vezes mais água que bebemos. Metade da população vive em países onde já está acontecendo a perda de terras cultiváveis. Se o mar subir 1 décimo, por exemplo, metade das terras cultiváveis de arroz em Bangladesh vão simplesmente desaparecer", completa Brown.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Brasil instala em Pernambuco um dos mais sofisticados equipamentos para caçar asteróides em rota de colisão com a terra

Brasil terá monitoramento de asteróides em rota de colisão com a Terra: O objetivo primário do programa brasileiro de monitoramento de asteróides será a identificação de asteróides novos, ainda não descobertos e que apresentem algum potencial de se chocar com a Terra.

O telescópio usado no Impacton foi importado da Alemanha. O equipamento possui um espelho de um metro de diâmetro e será totalmente automatizado e operado a distância, a partir do centro de controle do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro. Ele será instalado dentro de uma cúpula de 7 metros de diâmetro, importada da Austrália.

Devido à operação totalmente remota do telescópio, a câmera responsável pela captação das imagens dos asteroides possui um sistema de resfriamento termoelétrico, feito por placas Peltier, que permite que o sensor CCD da câmera opere a -70º C, reduzindo o "ruído" eletrônico e melhorando a qualidade das imagens captadas.

Enquanto que no Hemisfério Norte existem pelo menos dez telescópios exclusivamente voltados para a detecção desse tipo de corpo celeste; no Hemisfério Sul são apenas dois, sendo que um deles, na Austrália, está desativado. Por isso, os especialistas estimam que 60% dos asteroides e cometas visíveis nos céus do Sul, e em rota de colisão com a Terra, não tenham sido identificados ainda.

O céu do hemisfério Sul não foi varrido o suficiente e nesta nova tarefa encaixa-se o Projeto Impacton, orçado em R$ 1,4 milhão.