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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Terremotos, inundações... nossa fragilidade frente às catástrofes: Você sabe como enfrentá-las?

"Um vulcão de nome esquisito, na remota Islândia, fez o que nem os atentados e ameaças de Osama Bin Laden haviam conseguido: interrompeu por quase uma semana o tráfego aéreo em praticamente toda a Europa. Ciente do tamanho do estrago causado pela erupção do agora famoso Eyjafjallajokull, já que escrevo este texto de São Paulo em vez de Londres, para onde eu deveria ter retornado no último sábado, vejo que a natureza testa mais uma vez os limites da mobilidade humana."
Rogério Simões - A natureza desafia a humanidade - BBC Brasil


De repente sua vida toda vira de cabeça para baixo, uma inundação isola você em sua casa, no trânsito, no trabalho. Podemos somente imaginar o caos gerado pela tragédia de um terremoto, um tsunami ou mesmo de um vulcão em erupção próximo às cidades. Afinal, depois do Haiti, Chile, China e Islândia, vimos que pessoas e governos não têm preparo para enfrentar as reações mais fortes da natureza. Mas será que isso seria possível?

Totalmente possível não é, ninguém segura a mãe natureza quando resolve mostrar sua força ou mesmo seu descontentamento com relação aos maus tratos recebidos de nós, filhos ingratos.Mas com certeza muitas mortes e situações de necessidade e de confusão podem ser evitadas se governos e organizações se unirem em um esforço conjunto para padronizar e agilizar ações necessárias no atendimento das regiões afetadas.

Um exêmplo disso é a declaração de Giovanni Bisignani, diretor-geral da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), que disse que "é necessário unificar o espaço aéreo europeu e que haja, além disso, o convencimento de que a aviação deve ter um lugar mais importante na agenda política internacional.
O caos e as perdas econômicas da semana passada são um claro apelo aos líderes europeus para unificar de forma urgente o espaço aéreo europeu, ressaltou o diretor-geral da Iata." -Folha Online - Talvez isso funcione no espaço aéreo Europeu mas, que planos existem para as outras regiões do planeta?

Mais ainda, você em s
ua cidade tem conhecimento de algum plano municipal de evacuação em caso de catástrofe de algum tipo?

Basta um olhar sobre nossa dependência total da rede pública de energia, gás e saneamento para concluir que um simples tremor numa cidade como São Paulo iria interromper de imediato tudo isso. Canos quebrados, gás vazando, postes ao chão. Isso vale para qualquer cidade do planeta.

No nosso apagão da região sul-sudeste mais recente, os celulares de algumas operadoras ficaram sem conseguir realizar ligações dada a enorme quantidade de tentativas de ligações de seus usuários, sem banda suficiente logo na hora que mais precisamos do serviço. Não deveria haver um acordo entre operadoras e um estudo da viabilização técnica para que, em situações emergenciais, uma prestasse apoio à outra, ou devemos mesmo ficar sujeitos à mesquinharia de uma concorrência comercial entre as mesmas durante a tragédia?


Depois de umas duas horas após o terremoto que devastou o Haiti, todas as comunicações por laptops e celulares cessaram, motivo: Acabaram-se as baterias. Não havia energia elétrica para recarregá-las. No mesmo apagão do Sul-Sudeste aqui no Brasil, São Paulo virou um caos no trânsito, não havia energia elétrica para os semáforos. Está mais do que na hora de cada governo, seja municipal, estadual ou federal começar a planejar e implementar a prevenção e o enfrentamento para situações de catástrofe.

As energias renováveis contam já com tecnologia suficiente para torná-las acessíveis, como iluminação pública híbrida com painéis solares, por exêmplo, evitariam muitas situações desnecessárias e desagradáveis à população. Incentivos fiscais para o cidadão utilizar energias renováveis seria no mínimo uma atitude inteligente de qualquer governo bem como todo novo projeto de obras públicas deveriam contar com uma dessas novas formas de geração de energia.


Na sua casa mesmo, você conta com algum kit de emergência? Recarregadores portáteis, eólicos ou solares já existem, porém de alto custo. Lanternas à led e manivelas que recarregam a bateria e têm rádio embutido... tudo isso parece desnecessário? Não numa situação de emergência em que você tem que literalmente se virar sem contar com a rede pública de energia. E são muitas opções, até mesmo geradores portáteis de eletrecidade alimentados por hidrogênio: basta colocar água.


Nossa queixa aqui é quanto à falta de estudos e prevenção nessa área: construções frágeis, falta de fiscalização para construções em áreas de proteção ambiental e de risco, falta de investimentos em tecnologia para prevenção de desastres, falta de incentivo fiscal para utilização de energias renováveis. Isso tudo sairia muito mais barato do que contar e enterrar os mortos pelo desastre e reconstruir o que foi destruído simplesmente porque não houve prevenção. Evitar não dá, mas amenizar com competência e responsabilidade é possível e é obrigação.

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