
Mas não é isso que acontece infelizmente. Nenhum dos participantes parece disposto a se comprometer com metas bem definidas, em comprometer seu desempenho econômico em prol do meio-ambiente. Visão obtusa isso, já que existem tecnologias que deveriam estar sendo implantadas, substituindo as poluidoras. Falta vontade política e, pior e mais importante, falta pressão da população.
O próprio The Times publicou uma pesquisa que mostra que, nos EUA, menos de metade da população acredita que a atividade humana é a culpada pelo aquecimento global. Apenas 41 por cento aceitam como um fato científico estabelecido que o aquecimento global está acontecendo e é em grande parte pelo homem. Quase um terço (32 por cento) acreditam que a relação ainda não está provada; 8 por cento dizem que é propaganda ambientalista para culpar o homem e 15 por cento dizem que o mundo não está aquecendo. Impressionante...
Nos países em desenvolvimento porém, a visão tem sido diferente: De acordo com o levantamento da CNI-IBOPE, 92% dos entrevistados têm a consciência de que a temperatura está aumentando e 90% acham que a questão é muito grave ou grave. A pesquisa revela que apenas 16% dos brasileiros não têm qualquer preocupação com o meio ambiente. Os dados mostram que a consciência da população em relação ao desmatamento aumentou comparativamente à pesquisa anterior feita em 2007. Há dois anos, o número de entrevistados que citavam o desmatamento como o fator de maior preocupação ambiental era de 42%.
Ainda pela pesquisa brasileira, na avaliação de 47% dos brasileiros, todos os países devem contribuir com o combate ao aquecimento global, mas os países ricos devem ter uma participação maior no esforço pela redução das emissões dos gases que produzem o efeito estufa.
Fica claro a diferença entre os blocos desenvolvidos e os em desenvolvimento na questão de conscientização da população e seu peso na política: Como chegar à conclusão de um acordo ambiental se os dirigentes não são pressionados por seus eleitores? A importância da questão ambiental perde peso, deixa de ser primordial e qualquer tentativa de acordo urgente fracassa. Não esperem muito de Copenhague.
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