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segunda-feira, 22 de março de 2010

Geradores transformando dejetos de animais em energia são os novos heróis no campo


Além da economia com o combustível comum, geradores, motores e motobombas movidos a biogás ajudam na preservação do meio ambiente, transformando dejetos de animais em energia.
Imagine uma linha de geradores, motores e motobombas que, além de não utilizar combustíveis fósseis, funciona a base de biogás, produto gerado a partir do dejeto de animais. Pois há dois anos, a Cia Caetano Branco lançou uma linha assim, que dá um fim mais nobre a um produto que poluiria o meio ambiente.

Com tecnologia 100% brasileira, a Bio Soluções já representa 3% do faturamento da empresa, que fechou 2009 em mais de R$ 100 milhões.

Os geradores podem ser utilizados para a iluminação de ambientes, aquecimento de granjas, secagem de grãos, entre outras funções. Para alimentar os aparelhos, o produtor precisa construir um biodigestor, que é um depósito coberto onde os dejetos são tratados durante 30 a 35 dias. Ao longo deste processo, é produzido o biogás, que é acumulado e torna-se combustível para o gerador.

De acordo com Marcelo Utrabo, CEO da Cia Caetano Branco, o tempo de retorno do investimento varia entre um e dois anos. Para ele, no entanto, a economia vai além da eliminação dos gastos com combustíveis comuns, pois o produtor passa a dar uma utilidade aos dejetos que antes eram descartados. "Eu jogava fora e agora vou usar", diz Utrabo sobre a transformação de excrementos em biogás.

Além disso, o processo de decomposição dos dejetos no biodigestor gera o chorume, líquido que pode ser utilizado como biofertilizante. Por ser rico em nitrogênio, dispensa a necessidade de adubos químicos para diversos tipos de plantações. Outra vantagem do fertilizante natural é que ele dá mais produtividade à lavoura e evita a rejeição do pasto pelo gado.

Dentro da mesma linha, a empresa desenvolveu também produtos flex, que funcionam com biogás ou álcool, como o gerador B4T – 10.000 Bioflex, o primeiro equipamento bicombustível de pequeno porte do Brasil, com potência máxima de 10 mil watts.

"Há uma maior flexibilidade no uso do equipamento, que representa economia nos agronegócios e também nos centros urbanos, podendo ser utilizado em residências, escolas, eventos e na construção civil", destaca Utrabo. O executivo lembra também que, uma vez que o aparelho usa combustíveis renováveis, que são menos corrosivos, ele apresenta maior durabilidade que os motores comuns. "É o dobro da vida do que a gente tinha no atual [movidos a diesel]".

No mercado externo, a linha já é exportada para os países da América Latina. Utrabo conta que a empresa está, inclusive, desenvolvendo um projeto de gerador que pode ser movido à gasolina ou biogás para ser usado nos arredores do lago Titicaca, em ambos os lados, da Bolívia e do Peru.

O mercado árabe ainda não foi explorado pela empresa, mas o executivo diz acreditar que a tecnologia de motores a biogás deve interessar àquela região por sua sustentabilidade. "O futuro vai ter que ter estas energias alternativas", prevê.
Fonte:ANBA

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