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segunda-feira, 29 de março de 2010

Por que as mudanças climáticas podem ser catastróficas para a Rússia

A enorme importância do Ártico para a economia russa pode ser visto pelo fato de que 22 por cento das exportações da Rússia e 20 por cento do seu PIB provêm de produtos obtidos a partir do interior do Círculo Polar Ártico, onde estão cerca de 90 por das reservas de hidrocarbonetos do país.


Na foto, oleoduto russo danificado, com vazamento de óleo, em consequência do solo que cedeu


E se o aquecimento global derreter o permafrost? Yuri Averyanov, membro do Conselho de Segurança Russo, declarou esta semana em uma entrevista com Rossiiskaya Gazeta que as alterações climáticas representam uma grave ameaça à Rússia, à segurança nacional e que o derretimento do permafrost poderia causar problemas graves no prazo de dez a quinze anos.

O resultado desta situação, de acordo com Averyanov, será que milhares de quilômetros de gasodutos, ferrovias e estradas estarão em perigo, juntamente com um grande número de cidades e aldeias. Ele prevê que em Yakutsk, Tiksi e Vorkuta até um quarto de todas as casas poderão ser inutilizadas devido às condições instáveis do solo decorrentes do derretimento.

Dado que o permafrost cobre 66 por cento do território russo, uma mudança drástica nas condições climáticas poderá ameaçar todas as estruturas de engenharia na região, considera Averyanov.

Além disso, Yuri Averyanov considera que o conflito interestadual é uma possibilidade real devido às novas políticas de aliados do E.U.A. no Ártico na expansão de actividades de exploração e investigação. Na verdade, a possibilidade é referida na Estratégia de Segurança Nacional da Rússia, aprovada na Primavera de 2009 e que cita o uso da força armada e conflitos por causa dos recursos de hidrocarbonetos.
Fonte: PRAVDA.Ru


A fragilidade do solo fica evidente nesta foto, onde parte do solo cedeu com o aquecimento, deixando à mostra, pela secção, as características do Permafrost


Não somente isso, lembramos que durante milhões de anos, uma grande quantidade de metano esteve aprisionada nas camadas superficiais de gelo na região do Ártico – o permafrost. O que acontece agora é que, com o aumento da temperatura no planeta, essa camada está derretendo e liberando o metano nos oceanos e depois no ar. As bolhas liberadas na atmosfera são tantas que podem ser detectadas por microfones na água.

O gás metano é 30 vezes mais perigoso para o efeito estufa do que o dióxido de carbono – foco principal dos combates ao aquecimento global.

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