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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Estratégia militar pode vencer a guerra contra o aquecimento global?

Os ambientalistas costumam ser pessoas bastante pacíficas, por isso ouvi-los discutir o uso de GPS e tecnologia de rastreamento de mísseis para avaliar um alvo é um tanto desconcertante. Os amigos das árvores usando tecnologia de rastreamento de mísseis e lançando bombas de aviões C-130? O que está acontecendo com o mundo?

Entretanto, essas táticas aparentemente sorrateiras não são o que parecem. A floresta não está sendo convertida em zona de guerra. Esses inovadores estão simplesmente adaptando tecnologias militares avançadas para uso em reflorestamento aéreo, principalmente nos Estados Unidos. Às vezes definido como plantação aérea e semelhante ao método de plantio de jardins conhecido como broadcasting, o reflorestamento aéreo envolve o uso de aeronaves para distribuir sementes e replantar florestas.

Não pense que o reflorestamento aéreo requer apenas levar uma sacola de sementes para um avião e despejá-las pela janela da cabine. Na verdade, o processo é bem mais complexo. Caso as sementes sejam simplesmente lançadas de uma altitude elevada, sem planejamento, apenas a sorte poderia garantir que caíssem em terras férteis.

Um fator importante para o relativo sucesso do reflorestamento aéreo é o projeto de cartuchos de sementes ou mudas. Nos estágios iniciais do reflorestamento aéreo, era difícil lançar sementes de altitudes elevadas sem prejudicar suas extremidades sensíveis. Mas agora existem diversos modelos que envolvem as sementes em recipientes cônicos resistentes e biodegradáveis. Os recipientes são fortes o bastante para proteger as sementes quando elas atingem o chão, mas se desintegram e assim, as raízes das árvores podem emergir. Esses cartuchos também contém tudo que a muda precisa para sobreviver. Dependendo do modelo específico, podem conter terra, nutrientes, fertilizantes e até mesmo um material que suga a umidade da área circundante, algo de que a árvore precisa para seu crescimento.

Nem mesmo cartuchos bem projetados garantirão sucesso sem colocação precisa, mas é para isso que equipamentos como o avião de transporte militar C-130 servem. No fim dos anos 90, algumas pessoas perceberam que, embora as forças armadas não tivessem a plantação de árvores entre suas missões, elas tinham grande capacidade de lançar bombas em locais precisos, e de rastrear mísseis. Segundo essas pessoas, caso essa tecnologia fosse aplicada ao reflorestamento aéreo, as coisas poderiam de fato decolar. Então, surgiram algumas idéias.

Uma das propostas envolvia o uso de câmeras de alta resolução acopladas a um dirigível de pilotagem remota, a fim de fornecer dados em tempo real sobre as condições de clima e a umidade do solo, de modo que fosse possível planejar o melhor momento para uma missão. O dirigível poderia percorrer os céus por até dois anos, mapeando os melhores locais para o cultivo e transmitindo informações ao solo.

Outro método, cujo objetivo era colocar os cartuchos com mais precisão, envolvia equipar cada um deles com controles de tempo e ejeção semelhantes aos atualmente utilizados em bombas usadas na destruição de pistas de pouso. Além disso, GPS e equipamento de rastreamento de mísseis poderiam apontar a posição exata de um avião em relação à área-alvo. Se acoplada a dados sobre a velocidade do vento, essa informação poderia determinar o momento exato de lançamento dos cartuchos.

Já que todas essas tecnologias existem (e há mais de 2,5 mil C-130 operando em 70 países), basta obter verbas para literalmente conseguir que algumas dessas propostas decolem. No entanto, já há métodos menos técnicos em operação.

Por exemplo, embora não empreguem aviões militares, funcionários do Parque Nacional de Izta-Popo, perto da Cidade do México, fizeram diversos lançamentos de esferóides de sementes (o nome do modelo específico de cartucho que empregam) para reflorestar a área. A Comissão Florestal Nacional do México também vem testando o reflorestamento aéreo com sua versão própria de cartuchos de sementes, para determinar se eles teriam uso em futuros projetos. No começo de 2008, cerca de 400 voluntários na Louisiana construíram cartuchos de sementes usando sementes, areia e terra envoltos em gaze impermeabilizada por cera de velas. Depois, os recipientes foram lançados estrategicamente por um helicóptero ao longo da costa sul do Estado.

Assim, embora C-130 equipados com rastreadores de mísseis no momento não estejam sendo usados em reflorestamento aéreo, alguns aviões mais simples que você ouve passar talvez estejam carregados de cartuchos de sementes.

Veja este artigo completo em: http://ambiente.hsw.uol.com.br/reflorestamento-aereo.htm

Fonte: Jennifer Horton. "HowStuffWorks - Estratégia militar pode vencer a guerra contra o aquecimento global?". Publicado em 22 de julho de 2008 (atualizado em 16 de outubro de 2008) http://ambiente.hsw.uol.com.br/reflorestamento-aereo2.htm (26 de novembro de 2009)

2 comentários:

  1. Gostaria de saber onde posso localizar o contato dos responsaveis pelo desenvolvimento do projeto de reflorestamento aereo!
    Acredito ter uma idéia de melhoria na confecção dos cartuchos de lançamento, barateando custos e efetividade do processo em si.

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  2. Prezado amigo, o post é baseado em um artigo norte-americano, publicado pelo HowStuffWorks. Algumas práticas já foram desenvolvidas no México.
    Você talvez possa contactar o engenheiro agrônomo Manoel Ibrain Lobo Junior cujo blog é citado no artigo original: http://www.blogger.com/profile/06929447341180971429
    Abraço da equipe Eco4u

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